Escrever parece ser tão solitário... Parece apenas. Quando escrevo fecho algumas portas exteriores e abro as janelas de minha alma.
Primeiro avisto a paisagem, e fico observando quem está por ali. E ao reconhecer meus filhos, sim, personagens são como filhos, corro para eles e embarco em uma viagem inesquecível.
Em questão de segundos, dou a volta ao mundo, sem observar setas, semáforos, fronteiras. A minha velocidade é a da imaginação, que não reconhece regras, por isso, acelero, sem medo de voar.
Visito tantos lugares, vejo a vida pelo olhar de tantas pessoas diferentes
Enquanto escrevo, me envolvo na vida das pessoas. Torço pelos romances, dou risadas, sinto ternura, compaixão, e quando me deparo com personagens vis, maus, torço para que eles tenham o fim que merecem.
Não dá pra separar a ficção da realidade. A vida é intensa e não existe espaço para a solidão, pois, vivo sempre rodeada de personagens, fictícios é verdade... Fictícios para os outros, para mim eles são reais.
Falamos tanto e sobre tantos assuntos diferentes, sem sequer abrir a boca para balbuciar uma palavra, pois, a voz que mais ouvimos é aquela que vem lá de dentro, do coração.
Aparentemente posso estar quieta, mas na verdade, estou sempre na companhia de personagens interessantes e me divertindo muito.
Por isso, eu sempre digo. Não estou escrevendo...Estou escrevivendo.
*Elliana Garcia
Esse texto pode ser reproduzido...desde que conste o devido crédito.
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