domingo, 25 de dezembro de 2011

Lembrança

Lembro-me do passado, não com melancolia ou saudade, mas com a sabedoria da maturidade que me faz projetar no presente aquilo que, sendo belo, não se perdeu.




Lya Luft

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O Caminho do Amor

Eu rasguei todas as provas e lembranças do meu passado sombrio e entristecido pelos amores incertos, pelos casos mal conjugados e situações infelizes; eu joguei no lixo todos os devaneios e desilusões em grandes sacos, mas dentre eles, estava um único amor, o mais real, o mais sincero, o mais puro, e também o mais inflamado e dolorido, porém, não morto.

Esse amor, apesar de obrigado a sair de cena, reapareceu em outro papel, em outro momento da história; não senti o tempo passar, não me dei conta quantos degraus subi, não percebi os riscos que enfrentei, nem mesmo os amores que surgiram anos depois... Não, eu não me dei conta de que vieram alegrias, dores, derrotas, infelicidades e até uma grande desilusão comigo mesma, porém, superada.


Não vi e nem percebi as feridas abertas, nem mesmo as que vieram depois, esqueci os erros, os acertos, as perdas; não vi o tempo passar, não entendi que crescia e amadurecia, apenas me lancei rumo aos desafios e vivi, de alguma maneira, os dias, os meses e os anos; eles me tragaram e o tempo passou. Passou tão rápido que deu voltas em mim.


Mas esse amor esteve o tempo inteiro comigo; ele venceu os obstáculos, ultrapassou as barreiras impostas e criadas pela vida, quebrou as vidraças e, um dia, ressurgiu das cinzas, do pó, do que parecia improvável, mas ressurgiu.

E ressurgiu com a força de um vendaval, que chega sem esperar e leva tudo à sua frente, sem que se possa fazer algo, sem que se possa impedir; sim, voltou certo de que, desta vez, nunca mais sairá de perto, mesmo que observe tudo acontecer de longe, distante, mas ele sabe que não tem como tirá-lo mais de dentro do coração, da alma...

É um amor tatuado que não esconde as marcas, apenas escancara os traços; um amor que seleciona os gostos, que sente os cheiros, que arde em dores; um amor que não tem espaço para ficar, mas ainda tem o seu lugar; os seus cômodos ainda o descrevem na memória, mesmo que em lágrimas de saudades, de desejo, de anseio, de esperança; ele está vivo em cada canto deste lugar, em cada pedaço, atrás de uma porta, num piso antigo, numa mureta inexistente, e também em cada abraço.


Ele ainda é real nos pensamentos, no fechar dos olhos, no vento fraco de uma noite quente, no frio assombroso de uma noite de inverno, no calor extremo de uma noite de lua cheia e nas ondas que quebram numa praia qualquer. Mesmo assim, ele nunca teve um lugar certo, pois quase sempre era incerto.


Apesar de tudo, ele nunca desfaleceu, e hoje dá lugar à esperança, que fala e dá o recado: ‘suporte, aguente firme, porque um dia serás recompensado e poderás viver com a mesma intensidade, o mesmo desejo, a mesma alegria de outrora, a mesma veracidade, com a mesma velocidade, com os mesmos propósitos.’


Enquanto espera o seu dia chegar, esse amor renuncia a si próprio, mesmo que esse dia nunca chegue, mas ele espera, porque tem em mente: ‘sim, ele chegará!’ Um amor assim não pode morrer ao meio, partido, derrotado, porque apesar dos desencontros, já não tem mais medo de errar, pois sabe bem que, enfim, acertou e, pelo resto da vida, só terá espaço para amar.

*Sininho

(* Esse texto é de uma amiga que não quer se identificar...daí o apelido...Sininho)

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Amar

Amar... Porque nada melhor para a saúde que um amor correspondido.




Vinícius de Moraes

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Uma história num pedaço de papel

Lembro que quando criança, minha mãe pedia para eu comprar sabão em pedra no armazém da cidade e eu fazia isso com o maior prazer. O dono do armazém embalava o sabão em um pedaço de papel. E esse pedaço de papel era precioso... Era nele que eu rabiscava as minhas historinhas e criava um novo mundo para mim.


Mais tarde, o meu maior prazer, além de ler, era comprar cadernos para escrever. Por meio da leitura, eu descobria o mundo sem sair do lugar. E por meio dos meus personagens eu adubava os meus sonhos.

Através das histórias e estórias que eu criava, podia me expressar, dar voz para vários personagens que moravam dentro do meu ser.

Eu trabalhava como doméstica e o cenário físico era o meu quartinho de empregada, que eu dividia com produtos de limpeza. Mas o que importava era a alegria de poder ter cadernos para escrever, já que uma máquina de datilografia na época, era um sonho inatingível, pelo menos para mim.

Esses cadernos, estão guardados em uma mala em minha casa. Por esses dias, li o que escrevi há tantos anos.

Nesses cadernos, personagens fictícios, se confundem com a minha própria história. Personagens cheios de sonhos e de ideais.

Analisando tudo o que passei, vejo que a vida me deu uma página em branco e mesmo sem perspectivas, sem nenhuma chance de realização eu exercitava um sonho que estava dentro da minha alma.

Olhando hoje para a minha vida, dou os parabéns pra mim, por não ter desistindo. Pois, mesmo sem nenhuma possibilidade eu escrevia. E, mesmo sem saber, na verdade, eu também estava escrevendo a minha história.

Acredite no seu sonho.

Bjs,

Elliana Garcia

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Adriana Araújo

Repórter diz que se sente como uma iniciante, com fôlego para correr atrás das notícias, e que não deixa de se emocionar com as grandes histórias da vida


Por Elliana Garcia / Foto: Edu Moraes/Record
Diante de uma pauta ela não tem dúvida, vai fundo em busca da notícia, da forma mais profissional, mas sem deixar de lado a emoção. Nascida em Minas Gerais, Adriana Araújo, que fez uma ampla cobertura do resgate dos mineiros no Chile, conta quais os desafios de cobrir essa matéria e a emoção de ver cada um dos 33 homens resgatados.


Há quanto tempo você é repórter?

Sou repórter há 17 anos. Como o tempo passa rápido, não? Felizmente já tenho uma boa experiência na profissão que amo. Mas costumo dizer que tenho alma de iniciante e sempre terei. Para me indignar com as injustiças, me emocionar com as grandes histórias de vida e ter fôlego pra correr atrás das notícias. E repórter tem que saber correr. E como tem.

Iniciou a carreira em qual tipo de veículo?


Comecei como repórter de economia de um jornal do meu estado, Minas Gerais. Depois de 1 ano fui para a TV Globo Minas, depois para a Globo de Brasília e, desde 2006, faço parte do time do jornalismo da Record. Já são 16 anos de tevê, e foi na Record que tive as melhores oportunidades profissionais, atuando como âncora do Jornal da Record e como correspondente em Nova York.

A matéria sobre os mineiros do Chile atraiu a atenção do mundo inteiro e você ficou bastante emocionada ao relatar os fatos. Dá para exemplificar a emoção de cobrir um acontecimento como esse?

Esse foi certamente o momento mais emocionante que já testemunhei como repórter. Pude narrar ao vivo, juntamente com o apresentador Reinaldo Gottino, o resgate do primeiro dos 33 mineiros. Estava no meio do acampamento Esperança, cercada por parentes de todos os mineiros, e na hora em que Florencio Ávalos chegou à superfície, todos se abraçaram, chorando e agradecendo muito o fim daquele pesadelo. Fiquei muito comovida ao presenciar aquele momento histórico para o Chile. Foi uma lição de força, esperança e amor à vida. Jamais esquecerei.

Qual cena mais te marcou?

O reencontro das famílias, com certeza. Os filhos podendo beijar novamente os pais, abraçá-los, voltar a fazer planos. As mulheres que reencontraram seus maridos. Naquelas 24 horas de resgate, cada abraço me comoveu, cada reencontro foi marcante para mim. E, claro, a emoção e a vibração de cada um dos mineiros ao reconquistar a vida aqui fora.

Houve algo que, por falta de tempo, não tenha ido ao ar?

Tentamos levar ao ar todos os melhores momentos de tudo o que registramos. Na volta a São Paulo, recebi vários elogios das pessoas nas ruas dizendo que a cobertura da Record foi a melhor e a mais emocionante. Se conseguimos passar isto para o público, cumprimos nossa missão. Eu, o cinegrafista Humberto Lima e a produtora Rosana Mamani trabalhamos muito para sermos fiéis a toda a história que presenciamos. Com respeito às famílias, à dor e à saudade que elas viveram e toda a euforia que sentiram nos momentos de reencontro. Para eles, os 33 mineiros nasceram de novo. Nunca vou me esquecer do brilho no olhar que vi em cada um dos parentes quando mais um resgate era anunciado.

Você ficou alojada com outros jornalistas?

Na maior parte do tempo ficamos num hotelzinho bem simples na cidade de Copiapó, a cerca de 40 minutos da mina San José. A cidade estava lotada, quase nem conseguíamos vaga. Mas 48 horas antes do resgate ficamos acampados no deserto. Como a retirada dos mineiros poderia acontecer a qualquer momento, preferimos não arriscar e não arredamos mais o pé dali. Dividimos a barraca de camping com uma equipe de tevê do Uruguai. Foram momentos de muito trabalho, pouca água, almoçando e jantando biscoitos, zero de conforto, mas estávamos ali pra contar a história de 33 bravos homens que resistiram 69 dias debaixo da terra. Valeu cada segundo vivido no deserto do Atacama.

Quantos dias você passou no deserto?

Desta última vez, para mostrar o resgate, ficamos 10 dias. Desde o sábado em que a máquina perfuradora chegou ao fundo da mina até a entrevista exclusiva com o primeiro a sair, assim que ele ganhou alta do hospital. Da primeira vez que fui, quando descobriram que todos estavam vivos, foram 4 dias no deserto.

A que condições vocês tiveram que se submeter?

Além das condições citadas acima, o mais difícil foi trabalhar até 20 horas por dia, dormindo muito pouco. Na véspera do resgate foram 3 horas de sono apenas. E na noite do resgate, apenas cochilamos. E também ficar sem banho por quase 60 horas. Mas fiquem tranqüilos, que já botei tudo em ordem outra vez, o sono e os banhos, claro.

Além dessa matéria, dá para citar outras que tenham te marcado?

Nossa, foram muitas. Então vou citar as mais recentes: a entrevista exclusiva com o presidente Lula, em julho deste ano, assim que retornei de Nova York. Foi a entrevista em que o Lula chorou ao relembrar momentos do governo dele. Houve uma repercussão mundial pela emoção do presidente. Meu mérito foi apenas respeitar o momento dele, saber ouvir. Nos Estados Unidos foi muito marcante cobrir a morte de Michael Jackson. Pude entrar no Staples Center, na cerimônia de velório e despedida dos fãs e foi bastante emocionante também.

Como foi a experiência de viver longe de sua pátria?

Trabalhei como correspondente em Nova York por 1 ano. Foi uma grande experiência. Em julho passado voltei ao Brasil. Quero ser agora uma correspondente ambulante, correndo o mundo atrás de boas histórias, como a dos mineiros do Chile. Onde houver notícias quentes, fatos de grande repercussão, certamente quero estar.

Quais as suas aspirações como jornalista, já que você foi repórter de rua, âncora de telejornal e correspondente internacional?

Ser âncora do Jornal da Record por 3 anos foi uma grande oportunidade profissional. Adquiri bastante experiência ao lado do Celso Freitas e tenho orgulho do trabalho que desenvolvemos juntos. Sair do jornal parecia difícil inicialmente, mas isto também me trouxe novas possibilidades profissionais, como a de ser correspondente. Aprendi que o verdadeiro âncora não precisa de bancada, pode trabalhar na rua, acompanhando os grandes fatos, fazendo os plantões e coberturas ao vivo, onde a notícia está. Isso é o que me realiza profissionalmente.


Fonte: http://www.arcauniversal.com/entrevistas/noticias/adriana-araujo-2554.html

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Celso Freitas

Nos Bastidores da Notícia

(Entrevista que fiz com o jornalista Celso Freitas)

Por Elliana Garcia / Foto: Demetrio Koch

Dono de uma voz inconfundível, o jornalista Celso Freitas, de 58 anos, começou a carreira por acaso, aos 16, quando um tio elogiou sua voz e o convidou para fazer um teste em uma emissora de rádio no interior de Santa Catarina. Depois de uma longa e bem-sucedida carreira, ele estava pensando em se aposentar da tevê quando surgiu o convite da Rede Record para que ele apresentasse o “Domingo Espetacular”. O sim, deu uma nova guinada na carreira do apresentador que além de comandar o “Jornal da Record”, também apresenta o programa de entrevistas, “Bastidores da Notícia,” na Record News.

Seu desejo inicial era ser jornalista?

Não. Meus pais queriam que eu me tornasse dentista, médico ou advogado. Particularmente, eu sonhava em ser piloto de avião ou engenheiro eletrônico, que sempre me fascinou. Um tio me convidou para fazer um teste em uma rádio em Criciúma, Santa Catarina. Passei, mas não era uma expectativa para o futuro. Com o tempo fui me envolvendo com o rádio, com a comunicação e decidi seguir essa profissão.

Como foi para a tevê?

A minha primeira experiência na tevê foi como editor e apresentador de um boletim econômico em Joinville. Foi por pouco tempo, enquanto esperava o serviço militar. Eu fiz questão de prestar o serviço militar numa tentativa de ir para São Paulo ou Rio de Janeiro, onde as chances de seguir carreira seriam maiores. Mas, acabei indo para Brasília. Os catarinenses eram requisitados para compor a Polícia Especial do Exército. Prestei o serviço militar pela metade, pois fui beneficiado para exercer as atividades de comunicação dentro do batalhão, narrando as atividades esportivas, cívicas e logo tive uma oportunidade e um emprego na Rádio Nacional. Daí surgiu a oportunidade na televisão. Comecei a apresentar O Jornal Nacional quando o Médici (1969-1974) era o presidente do Brasil.

Você começou a trabalhar em comunicação na época da ditadura militar. Como foi esse período?

Na verdade, nós sofríamos uma serie de restrições, principalmente na comunicação. Não havia uma liberdade de expressão, havia limitações impostas pelo regime. A grande maioria dos profissionais atendia às exigências, pois quem dava às concessões era o Governo, que chegou a cassar quem não seguiu as regras estabelecidas.

Depois de 32 anos na Globo, como encarou o convite para ir para a Rede Record?

Eu já havia feito os programas de maior audiência da tevê brasileira. Apresentei o Jornal Nacional, Fantástico, Globo Repórter, Você Decide e já havia demonstrado a minha competência e capacidade. Estava pensando em me aposentar quando recebi o convite para fazer o Domingo Espetacular. A proposta, de um jornalismo de boa qualidade, me convenceu.

E como você vê o jornalismo da Record?

Até bem pouco tempo existia uma consciência que se acontecesse um fato extraordinário, seja queda de avião, prédio, morte de celebridade, ligaria num determinado canal para ver essa informação. Hoje, quando algo acontece, as pessoas sintonizam imediatamente na Record, pois ela dedica mais tempo e maior empenho à cobertura desses fatos.

Você apresenta o Jornal da Record desde 2006 e a credibilidade que o programa alcançou ao longo desse tempo se deve a que, na sua concepção?

Inovamos na linguagem do jornalismo. Hoje, não precisamos ser tão sisudos. Também temos a preocupação de comentar a notícia agregando mais à informação que o repórter traz, fazendo isso de uma forma que respeita as opiniões diversas do telespectador. A grande vantagem da Record é esse investimento sério que ela vem fazendo na qualidade do jornalismo. Hoje, temos correspondentes em todos os continentes; renomados profissionais que vão em busca das melhores notícias e furos de reportagens.

Durante o telejornal, o que você faz enquanto as matérias estão sendo exibidas?

Televisão é um trabalho de equipe. E eu tenho a consciência de que o trabalho do motorista, do produtor, todos eles são responsáveis pela linha de montagem. Eu sou o entregador dessa informação. Não posso negligenciar o jeito de apresentar essa informação; o peso, a relevância que tem cada palavra, cada assunto. Eu tenho a consciência que o cinegrafista, o repórter passaram por alguma situação de risco para conseguir a melhor imagem e informação para mostrar para o telespectador. Eu fico assistindo essas matérias assim como o pessoal de casa. Eu sou o primeiro consumidor da notícia. E eu só sei te contar com convicção, com veemência um fato, se eu tiver ciente dele. Quando a pessoa é testemunha de um fato, ela tem maior propriedade para falar. A atenção, o respeito de ser preciso no valor da informação a gente tem desde que chega na redação. E assistir o que está sendo exibido, pelo menos para mim, faz parte disso, faz parte desse respeito que tenho com meus colegas.

Na tevê você aparece sério até por conta do trabalho. Como você é fora da televisão?

Procuro levar uma vida normal. Sou um pouco tímido, recatado.

Mas qual é a reação das pessoas ao te verem pessoalmente?

Sempre procuro reagir da melhor forma. As pessoas adquirem um grau de familiaridade pelo fato de você habitar na televisão, como se eu fosse um primo, um parente próximo, que chega, dá tapinhas nas costas. As pessoas são desconhecidas para nós, mas a nossa reação tem que ser igual a deles, de reconhecimento, afinal, você faz parte da vida deles.

O que o jornalismo representa na sua vida?

Está no sangue, faz parte da minha composição física, pois aprendi com o tempo a vibrar, a me emocionar com as notícias do dia a dia.

Já se emocionou no ar?

Já tive que engolir seco, de segurar a emoção em algumas notícias.

O que te deixa emocionado?

Eu não gosto de tortura psicológica e quando vejo pessoas sofrendo trauma por insegurança, falta de cidadania, dramas de polícia que saiu atirando e matou inocentes, por exemplo, eu fico emocionado. Eu prezo muito pela tranquilidade e o bom estado emocional das pessoas.

Que conselho você deixa para quem quer ser jornalista?

Como qualquer outra profissão, tem que se atualizar, ter empenho. A gente não tem feriado, não tem folga. Às vezes está de folga, mas surge um imprevisto e tem que ir trabalhar. Então, tem que gostar mesmo de jornalismo. Particularmente, gosto do contato e do entusiasmo de quem está começando, pois o que a gente acha que é banal no dia a dia, para o iniciante é espetacular, extraordinário e isso contagia. E a transferência de conhecimento é gratificante para o profissional.


Matéria Publicada no Arca Universal
http://www.arcauniversal.com/entrevistas/noticias/celso-freitas-2687.html

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Cora Coralina

"O que vale na vida não é o ponto de partida, e sim a caminhada.

Caminhando e semeando, no fim terás o que colher."

(Cora Coralina)

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A Força dos Campeões

Os campeões têm a capacidade de mudar as suas estratégias, mas nunca mudam os seus sonhos. Eles podem perder a partida, mas nunca a dignidade

Por Roberto Shinyashiki




Desde criança eu admiro os campeões. São eles que têm a força de superar todos os desafios que a vida lhes apresenta. Podem perder muitas batalhas, mas nunca desistem. Têm a capacidade de mudar as suas estratégias, mas nunca mudam os seus sonhos. Podem perder a partida, mas nunca a sua dignidade.

O campeão não é o que tem mais força física, mas sim aquele que tem mais força no seu coração. O campeão não é aquele que destrói seu adversário, mas sim quem consegue aprender as lições que o outro nos apresenta. O campeão é aquele que tem como arma a capacidade de amar o próximo. O campeão não é o teimoso que repete o mesmo caminho mesmo que ele sempre traga a derrota, mas aquele que aprende as lições e tem humildade para evoluir a cada batalha.



Depois da minha experiência como consultor psicológico nas Olimpíadas, um jornalista me perguntou o que era o fracasso. Levei um susto porque nunca tinha pensado no significado dessa palavra. Parei uns momentos para pensar no assunto e descobri que fracasso não é quando se perde uma batalha, mas quando se desiste de lutar.

Enquanto você estiver lutando por um objetivo ninguém pode dizer que você é um derrotado. Enquanto você estiver lutando sempre vai haver uma nova oportunidade de virar o resultado. O fracasso só acontece para aqueles que desistem porque no momento da desistência é que a partida realmente termina.

O único adversário que existe mora dentro do seu coração. Quanto você briga com o outro você não olha para o único lugar onde estão as respostas: dentro de si próprio. A única batalha que vale a pena ser disputada é aquela em que você enfrenta os seus medos.

Além da vitória

O campeão não sossega. Está sempre procurando desafios. Jamais se acomoda e está constantemente inventando novidades. Foi assim com Picasso: estava com quase 90 anos e continuava pintando como um louco. Foi assim com Pablo Casals, o grande instrumentista que ensaiava várias horas por dia também à beira do nonagésimo aniversário. Incansável, comentava que no futuro “não queria ser visto como alguém decadente”.

Lembro-me de uma entrevista com Ivo Pitanguy, na qual ele dizia que na sua juventude olhar as montanhas de Minas Gerais estimulava sua fantasia. O importante, para ele, era imaginar o que havia por trás do que sua visão conseguia captar e sonhar conquistá-los algum dia.

Os campeões têm dentro de si o desejo de superação. Aquela mescla de celebração pela vitória com a vontade de chegar a uma nova conquista rapidamente. Como dizia Ayrton Senna, para quem acomodação era palavra proibida: “Depois de uma corrida, procuro visualizá-la mentalmente e, quando a analiso, sempre descubro algo que eu poderia ter feito melhor: um traçado, uma curva, um momento de acelerar ou frear”... Em síntese, sempre dá para fazer melhor do que da última vez.

O campeão quer sempre se aprimorar. Escuta as críticas, pede opiniões, analisa sua performance... Tudo com o objetivo de ir além. Claro que, apesar de ouvir diferentes opiniões, ele sabe que a decisão é sua e assume as conseqüências dos resultados.

Não há limites aos seus sonhos. O campeão nunca diz: “Isso não é para mim”. Ao contrário, ele determina o seu objetivo e procura desenvolver a competência necessária para realizar sua meta. Ele nunca se distrai com uma vitória do passado, pois sabe que dentro da fruta do sucesso há sempre algumas sementes do fracasso. Ele adora a vitória, mas não deixa que a vaidade o conduza à acomodação.

Avance apesar do medo

Muita gente tem a fantasia de que primeiro precisa perder o medo para depois começar a agir. Mas nós somos seres com alma, portanto, sentir medo faz parte da nossa essência. Sempre vamos sentir medo em momentos de decisão. O medo não é um sinal para você suspender uma decisão, mas sim para avaliá-la com muito cuidado.

Nós somos mais do que nossos corpos, nossos pensamentos e nossos medos. Nossa consciência tem o poder de perceber quando uma mudança é necessária para criar uma vitória. Todo grande salto em nossa vida vem acompanhado de medo, mas nós precisamos fazer o que deve ser feito apesar do medo. Respeite o seu medo, mas faça-o entender que ele não será uma barreira para seus sonhos...

A capacidade de virar o resultado

Na cabeça do campeão, uma palavra permanece em evidência o tempo todo: agora! Ele tem consciência de que não pode deixar para amanhã o que os concorrentes podem fazer hoje. Seu espírito de competição e o desejo de vencer fazem com que ele supere os desafios do trabalho porque tem consciência de que esse é o caminho para a vitória.

O campeão quer sempre materializar seu sonho e dá tudo de si para que isso aconteça. É sempre poético dizer que se deve trabalhar por prazer, mas a verdade é que realizar sonhos freqüentemente é uma tarefa muito árdua. Somente a consciência do resultado de seu trabalho vai lhe dar energia para treinar, treinar e treinar. Resultados são sempre conseqüência de muita dedicação, boas estratégias e, principalmente, prazer de viver.

Hoje é dia de respirar fundo, olhar para dentro de você e buscar aquela energia que está escondida dentro do seu coração. E então, sair do vestiário e buscar sua próxima partida, tendo em mente que você é um campeão. Não porque você sempre ganhou todas, mas porque você nunca desistiu depois de uma derrota.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Celebrando a Vida

Enfim, meu aniversário. Confesso, adoroooo quando chega essa data, pois além de receber abraços, carinho, me sentir mais amada e especial, aproveito também para fazer um check-up mental, jogar fora o que não me acrescenta, reavaliar posturas e partir para uma nova etapa, na construção de quem sou verdadeiramente.

E percorrendo mentalmente todo o percurso por onde trilhei durante esses anos, percebi entre tantas dores e decepções, algo extraordinário; a minha capacidade de sonhar, de sempre enxergar alguma coisa boa, de mesmo por debaixo dos escombros, avistar um resquício de luz, da capacidade para juntar os cacos, polir o quebrado e refazer a vida sempre.

Nessas andanças por caminhos tão meus, descobri tantas nuances de mim mesma que se a minha vida fosse uma colcha de retalhos diria que muitas partes foram remendadas; E mesmo pedaços, costurados em épocas e com estampas diferentes estão em total sincronia com tudo que sou. Não há cor opaca, desbotada, parece que a cada dia a colcha de minha vida ganha mais cor, vivacidade, pois tenho buscando as coisas do alto, fortalecendo o meu espírito e querendo sempre, ser alguém melhor.

Hoje, tenho maturidade para transformar os erros em aprendizados, pois apesar das turbulências, dificuldades, as coisas acontecem numa rapidez que enche meu baú com tantas histórias que sempre tenho alguma coisa pra contar.

E só tenho que agradecer. Os amigos que eu tenho, pessoas que chegam de repente e acabam encontrando na minha amizade, na minha forma de lidar com a vida um porto seguro, onde sabem que podem voltar quando os mares estiverem turbulentos. Amigos que compartilham comigo um pouco de suas vidas, de seus sonhos e que também se tornam verdadeiros oásis no meio do deserto, quando a minha alma precisa de refrigério.

E assim, olhando para partes fragmentadas de minha vida, vejo que cada peça se encaixa, que tudo está, aonde deveriam estar e que só tenho que celebrar cada pequeno momento, pois são desses momentos que construímos a nossa história, a nossa vida. E o melhor da vida é viver.



Elliana Garcia

sábado, 11 de junho de 2011

Continue caminhando


Meu caminho é pavimentado de bons pensamentos...de fé.

Prefiro seguir assim...Visualizando flores no deserto, plantando sementes, mesmo que só existam lágrimas para regá-las.

Não sou condicionada pelo que os meus olhos vêem. Mas pelo que acredito.

Eu acredito que no meio do deserto posso encontrar oásis para me refrescar das decepções...

Que acima das nuvens existe o sol que não para de brilhar...mesmo que o frio das incertezas tentem me atingir...

Continuo caminhando...

E quando enxergo obstáculos, em vez de me atemorizar diante deles, olho para os meus sonhos...

E os meus sonhos me dão forca para ultrapassar qualquer barreira.

Eu acredito nos meus sonhos e eles são bem maiores e fortes do que qualquer empecilho.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Acredite


Coração pulsando forte.


Janelas de possibilidades se abrindo à minha frente, descortinando incertezas e trazendo uma leveza que só quem acredita que sonhos podem tornar-se realidade pode sentir.

Precisamos enxergar além do que os nossos olhos podem ver...E sonhar...sonhar...sonhar...Por que o impossível torna-se possível quando acreditamos.

Elliana Garcia

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Estamos com fome de amor

Queridos, recebi esse texto por email. Desconheço a autoria. Alguns dizem que é do Arnaldo Jabor. Será?



O que temos visto por ai ???

Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes.

Com suas danças e poses em closes ginecológicos, cada vez mais siliconadas, corpos esculpidos por cirurgias plasticas, como se fossem ao supermercado e pedissem o corte como se quer... mas???

Chegam sozinhas e saem sozinhas...

Empresários, advogados, engenheiros, analistas, e outros mais que estudaram, estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos...

Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dancer", incrível.

E não é só sexo não!

Se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?

Sexo se encontra nos classificados, nas esquinas, em qualquer lugar, mas apenas sexo!

Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho, sem necessariamente, ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico na cama .... sexo de academia .. . .

Fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçadinhos,

sem se preocuparem com as posições cabalisticas...

Sabe essas coisas simples, que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.

Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção...

Tornamo-nos máquinas, e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós...

Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada nos sites de relacionamentos "ORKUT", "PAR-PERFEITO" e tantos outros, veja o número de comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra viver sozinho!"

Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários, em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis, se olharmos as fotos de antigamente, pode ter certeza de que não são as mesmas pessoas, mulheres lindas se plastificando, se mutilando em nome da tal "beleza"...

Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento, e percebemos a cada dia mulheres e homens com cara de bonecas, sem rugas, sorriso preso e cada vez mais sozinhos...

Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário...

Pra chegar a escrever essas bobagens?? (mais que verdadeiras) é preciso ter a coragem de encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa...

Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia isso é julgado como feio, démodê, brega, familias preconceituosas...

Alô gente!!! Felicidade, amor, todas essas emoções fazem-nos parecer ridículos, abobalhados...

Mas e daí? Seja ridículo, mas seja feliz e não seja frustrado...

"Pague mico", saia gritando e falando o que sente, demonstre amor...

Você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais...

Perceba aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, ou talvez a pessoa que nada tem haver com o que imaginou mas que pode ser a mulher da sua vida...

E, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois...

Quem disse que ser adulto é ser ranzinza ?

Um ditado tibetano diz: "Se um problema é grande demais, não pense nele... E, se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele?"

Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo, assistir desenho animado, rir de bobagens e ou ser um profissional de sucesso, que adora rir de si mesmo por ser estabanado...

O que realmente, não dá é para continuarmos achando que viver é out... ou in...

Que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo, que temos que querer a nossa mulher 24 horas, maquiada, e que ela tenha que ter o corpo das frutas tão em moda, na TV, e também na playboy e nos banheiros, eu duvido que nós homens queiramos uma mulher assim para viver ao nosso lado, para ser a mãe dos nossos filhos, gostamos sim de olhar, e imaginar a gostosa, mas é só isso, as mulheres inteligentes entendem e compreendem isso.

Queira do seu lado a mulher inteligente: "Vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois, ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida"...

Porque ter medo de dizer isso, porque ter medo de dizer: "amo você", "fica comigo", então não se importe com a opinião dos outros, seja feliz!

Antes ser idiota para as pessoas que infeliz para si mesmo!


Para ler, divulgar e . . . praticar !

quinta-feira, 24 de março de 2011

Reflexão

Que estrago foi esse que deixou a sua vida assim?


Errou? Tudo bem? Sacuda a poeira e dê a volta por cima.

Analise a sua vida. Olhe para os pontos fortes e aí você verá que mais acertou do que errou. O relacionamento naufragou e não tem mais volta? Paciência. O erro foi, de repente, ter permitido que te fizessem mal, só isso. Se os outros relacionamentos também acabaram e você não conseguiu encontrar a tão sonhada felicidade, calma, ainda não é o fim.

Essa sua busca pela felicidade, pela solução das feridas da alma, pelo preenchimento desse coração maravilhoso só tem um caminho: Deus. Só Ele é capaz de mudar o curso da sua história, da minha, e de todos que assim O desejarem.

O ser humano é limitado, não consegue alcançar tudo, não tem poder para solucionar tudo, seja ele o mais intelectual e graduado ao alienado e excluído da sociedade.

Por isso, não se culpe, não se torture, coloque todos os seus problemas nas mãos daquele que tem o poder para fazer uma REVOLUÇÃO na sua vida.

E lembre-se, ninguém, por mais maluco e doido que se transforme pelas circunstâncias da vida, perde a sua essência, ninguém!

Tenho visto muita gente entristecida pelo caminho, as lutas são muitas, as pessoas estão muito egoístas, os relacionamentos acontecem e terminam sem sentido e, realmente, está complicado, mas com Deus a gente nunca sai perdendo, ou seja, quando temos Ele à frente das nossas batalhas, lutas, ainda que tudo pareça estar errado, no final, lá no finalzinho, Ele nos dá a vitória; vitória sobre os problemas, sobre as frustrações, as angústias, realiza os desejos mais profundos e lícitosdo nosso coração, enfim, nos dá a paz que buscamos e, muitas vezes, não encontramos. Bom, é promessa dEle, se você crer, ok, desfrute das promessas!

(Mais uma reflexão de minha amiga Nete com as pinceladas de Lilli Garcia)

quarta-feira, 23 de março de 2011

Sentimento

O sentimento é o alimento da alma. Quanto mais permitimos que ele aflore, mais ele cresce, anseia, sonha, projeta, escraviza, mata aos poucos. Por isso, decidi ficar quieta, deixar tudo passar, os dias, os meses, a vida. E vai passar. Como um dia passou, um dia se foi.
Mesmo que tenha permanecido guardado num cofre sem chaves ou segredo.  Um dia após o outro é o nosso futuro, esperemos por ele.

(Texto da minha amiga Nete que disse com palavras o que a minha alma sente e não consegue traduzir).

sábado, 19 de março de 2011

As estações do meu coração

Tempo nublado em São Paulo.

Do meu apartamento enxergo nuvens densas e um vento frio balança as cortinas.

Estamos na transição entre o verão e o outono e assim como a mudança de estação, meu coração também vivencia várias estações ao mesmo tempo.

O inverno se fez presente logo cedo. Mas um vento leve de esperança pincelou o meu ser de cor e a primavera deu o ar de sua graça.

Com a esperança crescente, almejo que o verão com todo o seu esplendor e calor se aposse urgentemente do meu coração.

(Elliana Garcia)

quinta-feira, 17 de março de 2011

Oportunidade

Todos os dias temos uma nova chance.


Que tal aproveitar e reescrever a sua história?

 
Elliana Garcia

segunda-feira, 7 de março de 2011

Quem aprende com as experiências tem história

*Adriana morava em um apartamento maravilhoso, tinha na garagem três carros importados desses que pareciam saídos de anúncios de tv, dois filhos lindos, um marido amoroso e bem sucedido.Eu a conheci quando fui fazer um curso. Eu havia ganhado uma bolsa de estudos, enquanto ela, cansada de ser mãe e esposa de um grande empresário, queria algo mais, por isso estava ali, assim como eu, lutando por um sonho.


No inicio confesso que fiquei me perguntando o que aquela mulher queria comigo. Eu não tinha nada para lhe oferecer. Enquanto eu contava as moedas para ir ao curso, já que havia abdicado de um emprego só para estudar durante o dia, me vestia com roupas e sapatos comprados em bairros populares, morava na periferia, Adriana aparecia como se tivesse saído de um conto de fadas. Usava roupas das melhores grifes, perfumes importados, nunca tivera nenhum problema de ordem financeira, enfim, tínhamos vidas opostas.

Mas ela era a personificação do bem. Eu a admirava. Achava-a o máximo. E certo dia, ela me disse que a minha amizade era preciosa demais. Que embora ela tivesse tudo materialmente, o que mais queria era ser como eu. “Você tem tanta segurança, uma paixão pela vida e uma certeza que vai conseguir, que me impressiona”, disse-me.

Aquele dia voltei para casa emocionada. Adriana despertou em mim algo que eu nem sabia que tinha. A força interior. Olha como a vida é interessante. Eu achava que não tinha nada para oferecer para aquela mulher, no entanto, através de uma frase ela me mostrou que eu possuía algo valioso.

Essa conversa entre nós tornou-se uma ponte para nos comunicarmos melhor, trocarmos experiências e assim crescermos em todos os sentidos. O fato de saber que ela necessitava do meu apoio, dos meus conselhos foi de suma importância para a minha evolução pessoal. Da mesma forma ela, mudou muito ao descobrir que também tinha essa força dentro dela e que só buscando recursos dentro de si mesma, poderia enfim, alcançar o sucesso.

Mesmo enfrentando a resistência da família, Adriana foi em busca do seu sonho e é uma profissional realizada. É uma mulher por quem tenho uma admiração sem igual. E ela não cansa de dizer que grande parte de seu sucesso se deve ao fato de ter me conhecido. Mas na verdade, foi ela quem me deu um dos maiores presentes que alguém pode ganhar. Ela me fez enxergar que as coisas belas que possuímos não podem ser medidas com base em nossos bens materiais como carro, casa própria, roupas.

A felicidade está dentro de nós mesmos. Se hoje me olho no espelho e admiro cada ruga que mapeia meu rosto e vejo cada momento triste como um aprendizado, foi por que essa mulher linda me fez enxergar que a minha beleza não estava na roupa, no fato de ter ou não um carro do ano, mas dentro de mim mesma. Ela me fez ver que aprender com as experiências é muito bom. E quem aprende com as experiências, tem história.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Não me reconheço mais


Essa mulher triste que está aí, não sou eu.
Eu sou mais intensa, vívida.
Até a minha tristeza ou melancolia
Não vem à toa. Tem um por quê.

E qual peito que a carrega
Ela é forte
E não vem sem nenhuma razão.

Essa imagem refletida no espelho,
Eu não conheço.
Ou será que fiquei tão distante de minha alma
Que não reconheço meus traço, nem meus sentimentos?

Será que as intempéries da vida
Distanciou-me tanto de mim mesma
Que já não sou mais cúmplice do que sinto ou penso?

Mas ainda dá tempo
De me reapresentar ao meu ser
De lapidar palavras para falar de amor
E de me entregar por inteiro a arte de viver.



*Elliana Garcia

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Há Momentos

Há momentos na vida em que sentimos tanto

a falta de alguém que o que mais queremos

é tirar esta pessoa de nossos sonhos

e abraçá-la.


Sonhe com aquilo que você quiser.

Seja o que você quer ser,

porque você possui apenas uma vida

e nela só se tem uma chance

de fazer aquilo que se quer.



Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.

Dificuldades para fazê-la forte.

Tristeza para fazê-la humana.

E esperança suficiente para fazê-la feliz.



As pessoas mais felizes

não têm as melhores coisas.

Elas sabem fazer o melhor

das oportunidades que aparecem

em seus caminhos.



A felicidade aparece para aqueles que choram.

Para aqueles que se machucam.

Para aqueles que buscam e tentam sempre.

E para aqueles que reconhecem

a importância das pessoas que passam por suas vidas.



O futuro mais brilhante

é baseado num passado intensamente vivido.

Você só terá sucesso na vida

quando perdoar os erros

e as decepções do passado.



A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar

duram uma eternidade.

A vida não é de se brincar

porque um belo dia se morre.



Clarice Lispector

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Sonhos

Podem nos roubar tudo, menos os nossos sonhos. Somos nós mesmos que temos o poder de destrui-los ou transformá-los em realidade.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Está vindo


         Existe o tempo certo para cada coisa. Pode não ser agora,
         mas está vindo. Está vindo!!!

Que Lindo

Queridos, recebi esse poema de uma pessoa muito especial feito especialmente para mim. Espero que gostem.


Nos mistérios da noite paulista

Onde o silêncio envolve o meu ser

Vem um sentimento forte por você

Algo que nenhum poeta me ensinou.


Quando a manhã chega

Traz além da preocupação do dever

A alegria de fazer tudo. Só para te ver,

Te sentir, te amar...


Na tarde onde reina o cansaço

Aparece o lado bom da vida

Uma paisagem linda

Que só perde pro teu olhar.


Ficaria horas e mais horas escrevendo

Sobre você, mas acabaria perdendo a noção do tempo

No seu sorrir. Pois, basta um sorriso seu para alegria a minha vida.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O que importa
















Um dia...

Desistiremos de entender palavras mortas.

“Talvez” não fará diferença.

Os porquês não machucarão mais.

Pois estaremos tão íntimos de nossa alma

Que só o verdadeiro valor da vida

 É que terá espaço em nosso ser.



 (Elliana Garcia)

sábado, 29 de janeiro de 2011

A arte de ser feliz















Houve um tempo em que minha janela se abria
sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde, e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.

Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.

E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.

Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.

Outras vezes encontro nuvens espessas.

Avisto crianças que vão para a escola.

Pardais que pulam pelo muro.

Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.

Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.

Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.


Ás vezes, um galo canta.

Às vezes, um avião passa.

Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.

E eu me sinto completamente feliz.


Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,

que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem,

outros que só existem diante das minhas janelas, e outros,

finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.



Cecília Meireles

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Decisão


Chega uma hora em que temos que tomar decisões. Encarar a realidade de frente e pontuar o que de fato é importante para a nossa vida.

Sei que muitas vezes, onde parece haver um ponto final, Deus puxa uma vírgula e da seqüência á nossa historia.

Mas em outros momentos é preciso tiras as reticências e, no lugar das virgulas, colocar um ponto final, para seguir em frente e construir novas historias.


*Elliana Garcia

Desistindo de amar


Quantas frases lindas

Arquivadas no peito

Esperando há tanto tempo

Esse alguém que nunca vem.


Para quê tantos olhares

Flamejados de amor

Se depois só restara a dor

De não ter o que esperar.


Esse alguém já foi tão amado

Mas um coração magoado

Foi só o que restou.


Vou desistir

Vou desistir de amar.

Não quero mais chorar

E nem viver triste assim.


Do livro Céu de Estrelas de Elliana Garcia





sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

As crises passam


As crises passam, mas o amor sempre tem que estar firme, para enfrentar fortes tempestades e viver fartas colheitas.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Essa sou eu

Quando olho à minha frente vejo um mundo desconhecido, um mundo que me instiga a querer descobrir, a superar, a conquistar. Tenho medo, receio. Ele não é tão lindo quanto parece ser. Não é tão fácil como queria que fosse. Mas é tão real e intenso. Descobri que os amores eternos acabam. Que a melhor amiga muda de nome. Que o colégio termina, mesmo parecendo não ter fim, e depois dele, tudo passa correndo.

Sou humana. Tenho cabeça, corpo e coração. A minha beleza está onde poucos podem ver, nessa capacidade de sentir.

Minha moda não está no que visto, mas na maneira que me porto. Me entrego, me doo, me machuco, mas se cair, levanto de novo! Isso esta na moda!

Minhas mãos alcançam onde nunca pensei alcançar. Cresço e aprendo a cada dia e me surpreendo comigo mesma.

Sou confiante, mas não sou boba. Sou ingênua, mas não sou burra. Sou criança, mas não imatura; sou uma pessoa de riso fácil, mas o choro não tem dificuldade alguma pra sair.

Pernas pra que te quero! Vou ate onde quero ir, e espero nunca passar do lugar certo. E por mais que na minha frente tenham vários caminhos, que eu escolha o que me faca mais feliz, e junto comigo estejam meus amigos e família.

Sou menina com corpo de mulher, mulher com cara de menina. Sou uma menina, com sonhos e histórias de contos de fadas para acreditar. Mas sou mulher para viver o meu presente.

Acredito nos sonhos, mas não vivo deles. Sou complexa e simples; sou confusa mas determinada, histérica e paciente. Tenho bom gosto, mas não sou chique! Sou amiga, e amiga em todos os momentos.

O horizonte é o meu foco, e a vida minha bagagem. Eu busco, me perco, corro, paro, ando, e chego. Eu me arrumo, mas não me sufoco. Eu sou transparente e verdadeira, isso HOJE! E amanhã também.

Sou iluminada e agradeço todo dia por isso. Mas é o amor que me move! Não me divido em duas, não me doo pela metade.

Não sou tua quase amiga, nem teu quase amor. Não desisto nunca, que ótimo! Por que o amor me encontra quando acho que não posso encontrá-lo.

Amo minha vida, meus amigos, minha família, meu gato, amo a pessoa que me tornei, obrigada meu Deus!


Texto de minha amiga Renata Abreu de Avaré.
Mas acredito que todas nós meninas mulheres nos identificaremos. Valeu Rê!!!



domingo, 2 de janeiro de 2011

Plantando Sementes

Em 2009, fui trabalhar em uma empresa como Analista de Recursos Humanos. Além de dar palestras motivacionais, treinava os vendedores e ajudava na contratação de novos profissionais que deviam ter pelo menos o segundo grau completo.

Comigo, trabalhava a Vanessa, que um dia foi até a minha sala, me entregou um currículo e pediu que eu conversasse com uma moça. Não me recordo agora o nome dela, vou chamá-la de Camila.

Ao olhar o currículo da garota de 16 anos que estava cursando a sexta série do primeiro grau, meu primeiro pensamento foi de que ela não era compatível para o cargo. Mas ao saber de sua historia mudei de opinião.

Camila tinha mais 3 irmãs maiores. Sua mãe havia morrido quando ela ainda era um bebê e seu pai morrera, quando ela tinha por volta de 11 anos. Ninguém conseguia localizar a sua certidão de nascimento e tampouco sabia onde ela fora registrada. Por conta disso, ficou anos tentando na Justiça, obter uma nova certidão de nascimento.

Quando a conheci, ela estava tentando recuperar a vida e me pedia uma chance. Necessitava de um emprego. Comovida com a história, convenci o RH a dar-lhe uma oportunidade. E assim foi feito. Saí dessa empresa e retomei a minha profissão de jornalista.

No início de 2011 recebi uma mensagem no meu celular. Era alguém me agradecendo, pois estava construindo uma nova história por uma oportunidade que lhe dei anos atrás.

Era a Fernanda, outra garota que eu havia ajudado. Não me recordava dela, mas liguei em seguida para lhe dizer que quem estava agradecida era eu, por ver na prática que, toda ação tem uma reação e se essa ação for do bem, o resultado será um gostinho de felicidade no peito, por saber que bastam apenas pequenos gestos para mudar a vida de alguém.

Que em 2011, você também realize, não somente os seus sonhos, mas, os de outras pessoas.

Beijos da Lilli